Fernando Sousa
Minha casinha
Lá no Maçarico
Que onde eu fico:
Na minha igrejinha.
Logo cedo levanto,
Refaço-me a caminhar,
A natureza para admirar,
Não há cansaço, só encanto.
Bugavilles e coqueiros
Ornamentosos, se curvam,
Com a brisa e céu que velam,
A gente, nós, bem-vindos fagueiros.
Para apreciar o astro-rei,
Que chega com o alvorecer,
A Curvina é ponto de comprazer,
E avaliar esta obra da “manus Dei”.
Olhar o horizonte e divagar,
A imensidão atlântica sem fim,
Um frêmito de grandeza sai de mim
Pensando-me senhor desse imenso mar.
Praias que se perdem de vista,
Dum alvear de uma obra superior,
De um lado a flora com a verde cor,
Do outro o mar desafiando ficcionista.
E desta colossal e vária paisagem
Chega-nos o som alegre da passarada,
Vendo o colorido rosicler com a alvorada,
Com tanta beleza em constante maquiagem.
Sinto-me opulento e feliz paraense,
Nascido privilegiadamente obidense,
Criado santareno e enamorado salinense,
E citado: apaixonado torcedor do Fluminense.